Agentes eleitorais ameaçam boicotar eleições gerais por falta de pagamento de subsídios


 Agentes eleitorais em Maputo e em outros pontos de Moçambique, ameaçam boicotar as eleições gerais de 09 de Outubro. Em causa estão a falta de pagamento de remunerações devidas e outros subsídios à luz do contrato assinado com a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Segundo uma publicação da Rádio France Internacional (RFI), os agentes eleitorais, que preferem não ser identificados, avisam que a situação pode comprometer a votação da próxima semana caso não sejam pagas as suas remunerações.

“Nós temos direito a subsídio, mas há três meses que não estamos a ver esses subsídios. Têm ajudas de custo para a votação, ajuda de custo para o recenseamento, até hoje não estamos a ver nada, mas o recenseamento passou faz tempo”, afirmou um dos agentes, na mesma publicação.

“Não vamos deixar nenhum kit com boletim de voto para a mesa de votação enquanto não satisfazer o nosso direito que é o pagamento do 13.° e subsídios mensais”, disse outro.

A advertência foi feita numa altura em que a Renamo reage com crítica ao acordão do Conselho Constitucional que nega provimento à petição do partido sobre as urnas consideradas impróprias a serem usadas nas eleições com uma ranhura maior.

“Esta postura do Conselho Constitucional nós condenamos porque ela é um prenúncio daquilo que se entende como a prática recorrente do Conselho Constitucional segundo a qual as irregularidades do processo eleitoral não alteram a regra dos resultados eleitorais”, afirmou Marcial Macome, porta-voz da Renamo.

As urnas a serem utilizadas no processo de votação, segundo a legislação eleitoral, devem ser transparentes, com uma ranhura que permite a introdução de um único boletim de voto por eleitor.

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