Venâncio Mondlane acusa PGR de parcialidade na responsabilização por ilícitos eleitorais


 O candidato presidencial, Venâncio Mondlane, diz que vai, esta segunda-feira, submeter uma denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR), contra mais de 40 crimes eleitorais, supostamente cometidos pelo partido Frelimo, durante os primeiros 20 dias da campanha eleitoral. 

Venâncio Mondlane dedicou, este sábado, para fazer o balanço dos primeiros 20 dias da “caça ao voto”. 

Num vídeo intitulado, Comunicado a Nação, estado geral da Campanha, o candidato presidencial criticou a suposta má actuação da Procuradoria-Geral da República, por alegadamente agir de forma parcial ao ignorar presumíveis 40 casos de ilícitos eleitorais cometidos pelo partido no poder, quando nunca ignorou os atropelos da oposição. 

“Só para citar alguns casos, nós tivemos, recentemente, uma imagem que viralizou, em que uma brigada de um comité provincial do partido Frelimo deslocou-se a várias ruas, com escadotes, para derrubar os mastros das bandeiras do partido MDM. É uma imagem que está a viralizar nas redes sociais, mas a brigada está impune. Tivemos um outro caso, na Província de Nampula, em que um membro da direcção de uma instituição de ensino convoca uma concentração dos estudantes para vender o manifesto de um partido político” apontou o candidato presidencial. 

Venâncio Mondlane diz que vai submeter todos os casos ao Ministério Público, esta segunda-feira, para que haja responsabilização os infractores sejam responsabilizados. 

“Na segunda-feira, nós queremos submeter uma denúncia à Procuradoria-Geral da República sobre os vários ilícitos, irregularidades e até crimes eleitorais que foram praticados, mas que a procuradoria não notificou. Então, para reavivar a memória, vamos submeter e depois ficar à espera que a procuradoria possa notificar ou dar-nos a resposta dessa denúncia que vamos submeter” garantiu Venâncio. 

Por outro lado, o candidato presidencial disse conhecer os desafios que enfermam os sectores da educação e saúde e promete restaurar o sistema, caso seja eleito.    

“Nós identificamos o primeiro grande problema da saúde. Tem muito a ver com a máfia, a corrupção, com a quadrilha que tomou conta, sobretudo, a questão de procurement na saúde, que condiciona os medicamentos, os hospitais, a capacidade do Estado poder responder, porque a máfia está lá instalada. Nós queremos uma educação que permita ao estudante, ainda no ensino secundário, poder ir ao mercado com qualificações que lhe permitam oferecer serviços concretos à sociedade, ganhar dinheiro e poder ter prosperidade” explicou Mondlane. 

Como em todos os seus comícios, Venâncio Mondlane reiterou que, caso seja eleito, pretende ser o governante apenas a serviço do povo.

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