Mais Integridade denuncia detenção de delegados do PODEMOS em Niassa


 O Consórcio Mais Integridade revela que alguns eleitores foram proibidos de votar, mesmo tendo chegado às assembleias de voto antes do encerramento das urnas e acusa agentes do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de ameaças de sequestro. 


As constatações são de cerca de 900 observadores do Consórcio eleitoral Mais Integridade, que inspecionaram o processo eleitoral nos 161 distritos do país. 

No rol de denúncias dos observadores consta que dois jovens delegados do partido PODEMOS teriam sido detidos, de forma que não presenciassem o fecho da votação e o início da contagem de votos, na Escola Primária Completa de Shandica, em Mandimba, província de Niassa.

Já em Lichinga, na mesma província, alguns eleitores teriam sido impedidos de votar, mesmo tendo chegado no tempo previsto às assembleias, como por exemplo, na escola primária Completa de Muchenga.

Neste local, o consórcio detalha, em comunicado de imprensa, que “Uma das mesas que não fechou à hora, o Presidente não permitiu que eleitores na fila votassem porque, alegadamente, tinham chegado depois das 18 horas”.

O mesmo documento fala de alguns casos de confusão durante o fecho de mesas de votação, além de um membro de mesa de voto, em Sofala, que foi encontrado com 14 boletins de votos pré-marcados a favor da Frelimo, “o que levou a população a espancar todos os MMVs e a PRM teve que intervir (…) Depois disso, iniciou-se uma luta entre delegados de candidatura e a Polícia. A mesa teve que fechar às 17H50 e só reabriu às 18H00”, avança o consórcio.

No documento, dividido em quatro pontos, o Mais Integridade nota também que 60% das mesas observadas fecharam pontualmente às 18 horas, sendo que nas restantes, o processo de votação teve que continuar devido à existência de uma média de 15 a 25 eleitores nas filas por votar. 

As províncias que tinham mais eleitores na fila à espera de votar depois das 18 horas foram: Gaza, Nampula, Manica e Maputo Província.

Os observadores acompanharam o fecho das mesas em apenas 82% delas. Nas restantes, as principais razões de impedimento oscilaram entre a expulsão e intimidação. O Mais Integridade acusa agentes do STAE de ameaças de sequestro.

“Numa mesa do Campo do Benfica, em Quelimane, na província de Zambézia, alguém, não identificado, do STAE deu ordens ao Presidente de mesa para expulsar os observadores do Mais Integridade, na EPC Josina Machel, Cidade de Tete, uma observadora foi, durante o período da tarde, intimidada por agentes do STAE, que alegavam que ela seria sequestrada porque era observadora do Mais Integridade, que mancha a imagem e o trabalho do STAE”, afirma o documentos que temos citado.

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