As contradições de Paulo Chachine!
O acto que culminou com a morte de duas crianças e 16 feridos acabou manchando todos os outros acontecimentos de extrema relevância que aconteceram ao longo do dia, uma vez que acabou virando manchete em tudo que é órgão de comunicação social não engaiolado pelo regime do dia.
Sucede que quando faltavam alguns minutos para o arranque do evento que juntou membros do governo, dos partidos políticos, líderes religiosos, dignitários estrangeiros e outros convidados no Centro Internacional de conferências Joaquim Chissano, um repórter da TV Sucesso, interpelou o Ministro do Interior Paulo Chachine que, deve muitas explicações ao povo moçambicano pelas acções bárbaras perpetradas por homens sob a sua batuta e o escândalo das armas despoletado pelo Centro de Integridade Pública (CIP)
Questionado pelo repórter da Sucesso sobre o incidente contra Venâncio Mondlane e sua comitiva, Chachine que tempos aparentava ser um homem moralmente aceitável, respondeu com tom de arrogância como se não soubesse nada, mas começa repentinamente por dizer que a acção visava impedir que a comitiva de Venâncio Mondlane se deslocasse ao local do “evento onde todos estavam convidados, e não andarem pelas estradas a fazerem desordem”.
A afirmação de Chachine demonstrou uma total contradição, uma vez que, ao mesmo tempo, assumia que sabia e não sabia, consecutivamente. Um estilo de liderança que não se precisa neste momento em Moçambique foi o que se viu. Um ministro que entende que crianças podem ser mortas e ninguém do seu pelouro não trazer esclarecimentos e muito menos prestar assistência às famílias enlutadas.
O ministro Chachine comprova que o problema é mesmo o sistema que te formata e transforma-te em arrogante e insensível, mesmo quando bebês são regados de bala, simplesmente por seguir uma caravana. Não se entende aquém estão governando quando até matar crianças em contextos que se busca a paz e concórdia virou normal.
É importante que haja um bafómetro nos espaços públicos para que se perceba o estágio em que certos governantes se encontram antes prestar qualquer informação ao povo, porque até autossabotagem, alguém que vai a um encontro que visa construir tecidos para a paz social, não respeitar a morte de crianças inocentes e muito menos argumentar as coisas logicamente. Comprova-se que as pessoas são sempre as mesmas, o que muda apenas é a cor do casaco
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