Homens armados que queimaram sete viaturas em Sofala aparentam ter as idades compreendidas entre 55 a 60 anos
O incidente, protagonizado por um grupo de oito indivíduos armados, culminou com a queima de sete viaturas, entre as quais um camião que transportava cinco viaturas ligeiras, todas reduzidas a cinzas. Apesar da gravidade da ocorrência, não foram registadas vítimas humanas.
O ataque teve lugar na região de Ndoro, localidade de Nhamapadza, a cerca de 300 quilómetros da cidade da Beira. De acordo com informações da Polícia da República de Moçambique (PRM), um dos atacantes portava uma arma de fogo do tipo AK-47, enquanto os restantes empunhavam catanas. O grupo interceptou dois camiões, ordenou aos motoristas que os abandonassem e, posteriormente, incendiou os veículos. Um terceiro ataque visou uma viatura de transporte semi-colectivo de passageiros, embora também não tenha havido feridos.
O comandante provincial da PRM em Sofala, Ernesto Marínguè, confirmou o incidente e destacou que a corporação está no terreno a recolher mais informações. Marínguè adiantou ainda que os autores aparentam ter entre 55 e 60 anos, mas evitou avançar com conclusões prematuras sobre a sua identidade ou motivações, prometendo uma comunicação mais detalhada nos próximos dias.
A região onde ocorreu o ataque tem um passado marcado pela instabilidade. Foi uma das zonas mais afectadas pelo conflito entre as forças de defesa e segurança moçambicanas e os homens armados da RENAMO, situação que só começou a ser normalizada com o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, assinado em Maputo a 6 de Agosto de 2019. O retorno de acções armadas levanta preocupações quanto à sustentabilidade da paz e segurança na zona centro do país.
Enquanto isso, a PRM mobilizou forças para garantir a ordem e retomar a circulação rodoviária, que já ocorre com normalidade. Contudo, a população local e os utentes da EN1 permanecem em alerta, temendo novos episódios de violência.
Este ataque vem reacender o debate sobre o alcance e eficácia dos mecanismos de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR) de ex-combatentes, bem como sobre a necessidade de reforçar a vigilância em áreas historicamente voláteis
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