Terror na Estrada: Grupo Armado Incendeia Sete Viaturas em Ataque Surpresa na EN1

 Ataque em Maríngue: Quadrilha Armada Incendeia Sete Viaturas na EN1

A província de Sofala voltou a ser palco de um episódio alarmante de violência, quando um grupo de indivíduos armados incendiou, na manhã desta terça-feira (8), um total de sete viaturas no distrito de Maríngue, mais precisamente na zona de Ndoro, localidade de Nhamapadza, ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN1). Apesar da gravidade do acto, não se registaram vítimas humanas.

De acordo com informações prestadas pela Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, o grupo era composto por oito elementos, dos quais um empunhava uma arma de fogo do tipo AK-47, enquanto os restantes estavam munidos de catanas. A acção dos malfeitores foi rápida e precisa, sugerindo um nível elevado de coordenação.

Testemunhas relataram que os criminosos mandaram parar dois camiões que seguiam viagem pela EN1. Em nenhum momento agrediram fisicamente os motoristas ou ocupantes, mas exigiram que abandonassem os veículos de imediato. Após a evacuação, o grupo ateou fogo aos camiões e à carga que transportavam.

Segundo apurou-se, um dos camiões levava cinco viaturas ligeiras, que também foram consumidas pelas chamas, enquanto o outro transportava tubos. Tudo ficou reduzido a cinzas. O valor estimado dos prejuízos ainda está a ser calculado, mas acredita-se que os danos materiais sejam avultados.

Após receber a denúncia, uma força da PRM foi mobilizada para o local da ocorrência. Apesar de a circulação rodoviária ter sido interrompida momentaneamente por questões de segurança, a via foi reaberta pouco tempo depois, estando agora a funcionar normalmente. Entretanto, até ao momento, os autores do crime continuam a monte, e a polícia mantém operações de patrulha e rastreamento intensivo na região.

Este ataque reacende o debate sobre a segurança ao longo das principais vias do país, sobretudo na zona centro, onde incidentes semelhantes já foram registados no passado. As autoridades ainda não avançaram uma linha clara sobre a motivação por detrás do ataque, mas não descartam possíveis ligações com redes criminosas organizadas ou grupos com intenções de destabilização local.

Os residentes da região mostram-se apreensivos e exigem uma resposta firme do Estado, temendo que tais actos possam voltar a acontecer. O governo provincial de Sofala já manifestou preocupação, prometendo reforçar a presença policial ao longo da EN1, particularmente em zonas consideradas críticas.

Enquanto decorrem as investigações, o incidente deixa marcas profundas nos transportadores, empresários e passageiros que dependem daquela estrada nacional para as suas actividades diárias. O país continua a enfrentar o desafio de garantir a segurança pública em zonas remotas e de difícil acesso, onde a presença do Estado ainda é débil.