Membros denunciam plano maquiavélico da família Abdula apadrinhado por Vuma para tomar de assalto a CTA



Depois da Associação Comercial da Beira (ACB) ter vindo ao terreno revelar que é uma carta fora do baralho no processo eleitoral em curso na Confederação das Associações Económicas de Moçambique “porque não é justo, não é correcto e é vergonhoso”, tendo ainda na voz do seu presidente, Félix Machado, questionado os porquês de algumas famílias não quererem largar o “osso” na CTA,  a Associação Moçambicana de Operadores de Safaris, por sua vez, entrou na onda das abstenções, justificando que no pleito que vai eleger o sucessor de Agostinho Vuma não estão assegurados padrões de ética e transparência que defende. Por outro lado, nos corredores do pleito eleitoral emergem denúncias de um plano maquiavélico da família Abdula apadrinhado por Agostinho Vuma para tomar de assalto a liderança da agremiação que representa o sector privado no País.

A corrida eleitoral para a sucessão de Agostinho Vuma na presidência da Confederação das Associações Económicas de Moçambique está ao rubro e envolto de polêmicas.

Depois da Associação Comercial da Beira, através do seu presidente, Félix Machado, ter se abstido e tecido duras críticas ao processo chegando mesmo questionar os porquês de algumas famílias não mostrarem disponibilidade para largar o “osso” na CTA, a Associação Moçambicana de Operadores de Safaris veio ao terreno anunciar que nao fará parte do pleito em virtude do mesmo não assegurar os padrões de ética e transparência.

“Vimos por este meio informar que a AMOS Associação Moçambicana de Operadores de Safaris, se abstém de participar no processo eleitoral em curso na CTA por verificar nas várias notícias a circular em público que não estão assegurados os padrões de ética e transparência que defendemos”, lê-se na nota que a AMOS enviou a actual direcção da CTA.

A saída de cena dos Operadores de Safaris, um dos sectores importantes na dinamização do turismo nacional, surge numa altura em que circulam rumores de um plano maquiavélico da família Abdula apadrinhado por Agostinho Vuma para tomar de assalto a liderança da Confederação das Associações Económicas de Moçambique.

Através de uma denuncia anônima que circula nas redes sociais intitulada “Plano Maquiavélico da Família Abdula Apadrinhada por Vuma”, os membros referem que nas últimas horas foram concluídas as negociações entre a família Abdula e Vuma o objectivo claro de eliminar da corrida eleitoral os principais concorrentes: Álvaro Massingue e Lineu Candieiro.

O primeiro, segundo com a fonte que temos vindo a citar, através de pressões e manobras nos bastidores; o segundo, com acções deliberadas que visam impedi-lo até de figurar na contagem final dos votos.

 Longe dos holofotes, tal como o Evidências escreveu na edição 206, Maria Assunção Abdula é quem está efectivamente a ser preparado sorrateiramente o terreno para ser a próxima presidente da CTA, numa espécie de regresso indirecto de Salimo Abdula que, em termos práticos, controla os destinos daquela agremiação.  

Refira-se que, historicamente, os presidentes cessantes da CTA têm procurado “escolher” o seu sucessor de confiança, ou seja, aquele que melhor servirá os seus interesses. Salimo Abdula é acusado de estar a controlar a casa dos patrões desde 2005, pois, quando saiu da presidência, apoiou o falecido Rogério Manuel em 2011, que viria a liderar a organização, enquanto ele presidia a mesa da Assembleia-Geral.

Em 2019, Manuel transmitiu o bastão a Agostinho Vuma, considerado o seu “pupilo”. Agora, cumprindo o mesmo ritual, algumas correntes de opinião entendem que Vuma vai manter o poder no mesmo círculo de Salimo Abdula, por via de sua esposa. Aliás, o mesmo que se assiste hoje, rumo à presidência da CTA, e reflecte aquilo que foi a ascensão do Agostinho Vuma ao poder da agremiação empresarial.

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