Em Inhambane, quatro filhas denunciam pai, suposto agente da PRM, por agressão brutal à mãe

 



Quatro filhas apresentaram uma queixa formal contra o próprio pai, identificado como suposto agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), por repetidos atos de violência doméstica contra a sua mãe. O caso mais recente, que chocou a comunidade local, aconteceu no último fim de semana, quando a mulher foi agredida até perder os sentidos.

Segundo relatos das filhas, o pai tem um histórico de agressões físicas e psicológicas dentro do lar, mas os episódios foram sempre silenciados pelo medo e pela suposta influência do agressor dentro da corporação policial. No entanto, desta vez, a situação ultrapassou todos os limites.

“Ele bateu tanto nela que ela caiu no chão e ficou inconsciente. Pensávamos que ela tinha morrido. Foi quando decidimos que já não podíamos continuar a calar”, contou uma das filhas, ainda abalada.

A vítima foi socorrida por vizinhos e levada a uma unidade sanitária, onde permanece sob cuidados médicos. As filhas, que agora buscam proteção e justiça, disseram temer represálias, mas afirmam que preferem correr esse risco a continuar a viver no medo.

A denúncia está a ser acompanhada por organizações locais de defesa dos direitos humanos, que exigem a responsabilização do agressor e proteção urgente para as vítimas. A Polícia da República de Moçambique, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Moradores do bairro onde ocorreu o incidente expressaram sua revolta, pedindo uma investigação transparente, sem favorecimentos, mesmo que o acusado faça parte da corporação.

Este caso vem reforçar o apelo por ações mais enérgicas e eficazes no combate à violência doméstica em Moçambique, especialmente quando os supostos agressores ocupam cargos públicos ou de autoridade.

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