Forquilha diz haver pessoas interessadas em ‘tirar a barriga da miséria” ocupando cargos no PODEMOS

O Presidente do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Albino Forquilha, diz existirem pessoas interessadas em se aproveitar da actual posição para resolver questões pessoais de fome.

De acordo com Forquilha, são indivíduos que ou recusaram filiar-se desde a sua formação, em 2019, ou abandonaram a casa e retornaram recentemente. E, conforme notou, a estratégia adoptada é procurar ocupar cargos de revelo no partido, a todo o custo.

“Durante os últimos anos eu procurei pessoas para estar [no partido] e ninguém estava. Há pessoas que fugiam e não queriam lá estar. Alguns estavam connosco e voltaram. Agora estão aí com tanta apetência. Por quê?! Hi swakudlha [querem comer, na língua Chichangana, do Sul de Moçambique]. Comida” disse.

O Presidente do PODEMOS falava ontem em Maputo, quando abordado por jornalistas para se pronunciar sobre uma providência cautelar submetida ao Tribunal Judicial do Distrito Municipal Kamavota, na cidade de Maputo, por Alberto Ferreira, para travar a realização de uma segunda volta de eleição do Secretário Geral do Partido.

O PODEMOS saiu do anonimato nas eleições presidenciais e legislativas e 09 de Outubro de 2024. Hoje é o segundo partido com maioria parlamentar na Assembleia da República. Desbancou a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Na última legislatura, Alberto Ferreira cumpriu um mandato como deputado da RENAMO. Abandonou o partido após o descarrilamento perante o PODEMOS, partido para o qual baldeou-se. Já na nova liderança da oposição parlamentar, projectou-se para ocupar o cargo de Secretário-Geral. Venceu três oponentes com maioria simples. O partido quer maioria absoluta, apesar de não ser uma exigência patente nos estatutos, e vai avançar para segunda volta. Ferreira discorda do posicionamento e pretende a intervenção da justiça.

O Presidente do PODEMOS diz que vai prevalecer a decisão da maioria do partido, e não o interesse pessoal.

“Quando se diz vai à segunda volta, não é para estragar a posição do outro. É mesmo para a sua legitimidade no partido. As decisões tomadas no órgão devem ser respeitadas por todos os membros. Não há projecto individual naquele partido. Há projecto do colectivo. Se você resiste como se fosse algo pessoal, o que significa isso” questionou.

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