Sobre a escassez de divisas: “Há empresários que tentaram fugir com dólares durante a tensão pós-eleitoral”, revelou Rogério Zandamela

 

De acordo com Zandamela, durante as manifestações pós-eleitoral, um grupo de empresários dolarizou os seus activos por temer que a moeda nacional se desvalorizasse devido à tensão que se vivia no País. Os respectivos empresários usavam a justificação de importações de mercadorias para a operacionalização das suas intenções.

“Naquele período da tensão, as pessoas usavam a justificação das importações para movimentar divisas. Tudo resultante da tensão, das ansiedades que as pessoas tinham com a situação que se vivia. Muitos não tinham confiança no que acontecia e muitos começaram a dolarizar os activos financeiros e não financeiros. Esse processo foi muito forte no início do ano, resultante das preocupações, as ansiedades em função do que acontecia (…)”, revelou Zandamela.

Alguns empresários assustados com a situação tentaram sentar por cima das moedas e utilizavam a justificação das importações de mercadorias para materializar este desejo. Zandamela afirmou que o esquema foi denunciado pelos bancos comerciais, mas ninguém disse o que fizeram e não iriam dizer, porque não havia mecanismos legais para o fazer, uma vez que, caso alguém queira sair do mercado nacional, deve seguir uma série de questões legais para tal.

“Essa pressão de blindar-se pela dolarização e não com Metical era uma estratégia para dizer que independentemente do que acontecer, eu estou bem”, disse Zandamela.

Prosseguindo, o Governador do Banco de Moçambique explicou que as restrições que se verificaram no uso dos cartões no estrangeiro era porque as pessoas queriam fazer o uso dos mesmos para o pagamento de mercadorias, o que não é permitido por Lei, uma vez que existem requisitos que a Lei Cambial vigente apregoa. (

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