Cabo Delgado: Terroristas obrigam automobilistas a pagar taxas de 50 mil meticais para circulação
Um grupo de terroristas têm vindo a impor condições para circulação de pessoas e bens na província de Cabo Delgado. Segundo uma publicação do portal Ikweli, os insurgentes obrigaram no último sábado (12), o pagamento de taxas no troço entre Macomia e Oasse, para a liberação de barricadas montadas para o efeito.
A mesma publicação refere que os cidadãos que faziam-se transportar em viaturas de serviços semi-colectivo de passageiros foram feitos reféns, aos motoristas cobrados valores monetários fixados em 50 mil meticais por cada veículo.
Até uma viatura dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social de Mueda não escapou desta investida e um cidadão que seguia nele foi feito refém pelos terroristas.
“Quando estávamos a vir de Pemba para Mueda, nos pegaram com os insurgentes, por volta das 11 horas, na aldeia de Nantodola, porque quando estávamos a vir encontramos uma velha e a gente suspeitou, mas mesmo assim não paramos com a nossa viagem, só que quando entrávamos numa curva encontramos um camião a frente que teria sido pegue, tentamos fazer manobra para voltar para trás, mas em direcção de Pemba, já quando fazíamos manobra na nossa trás também estava cheio de insurgentes, nos pegaram e disseram que todos devem descer do carro”, contou um a fonte, citada pelo portal.
“Os terroristas avisaram que qualquer tentativa de fuga seria morte, pois aquele que não descer vai morrer aqui, embora tivesse um colega que queria fugir, mas tinha que lhe pegar, fomos levados até no mato e nos colocaram de joelho, com objectivo de matarem. Contudo, o chefe desses insurgentes, ligou para eles e disse que ninguém tinha que ser morto, mas sim que cada motorista deveria tirar um valor de 50 mil meticais por cada viatura, pois aquele que não tirar esse valor deve ser degolado”, acrescentou.
Este não é o primeiro caso, ao longo da semana finda, um transportador de mercadorias com destino a Mocímboa da Praia foi, igualmente, vítima de cobranças ilícitas pelo outro grupo muito próximo da aldeia Chinda, também em Mocímboa da Praia.
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