Agente da PRM e estilista, Nivaldo Thierry, processa mãe e filha por uso de peças contrafeitas

 O agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) e estilista, Nivaldo Thierry, está a mover um processo judicial contra uma mãe e a sua filha, acusando-as do crime de uso de marcas, cunhos ou selos falsos, previsto e puni- do pelo artigo 334 do Código Penal.

A denúncia remonta a Março de 2024, quando a mãe adquiriu peças de roupa na baixa da cidade de Maputo e as ofereceu à filha. As roupas foram usadas num ensaio fotográfico e, posteriormente, as imagens resultantes foram publicadas no estado do WhatsApp da jovem.

Pouco tempo depois, uma ex-colega de Faculdade entrou em contacto, informando-a de que Nivaldo Thierry queria falar com ela sobre as publicações.

A informação confirmou-se quando o próprio estilista lhe telefonou, questionando onde e como as roupas haviam sido adquiridas. A jovem remeteu-o para a mãe, por ter sido ela quem efectuou a compra.

Nivaldo Thierry contactou, então, a mãe, solicitando esclarecimentos e, mais tarde, pedindo a entrega das peças. Horas depois, voltou a ligar, exigindo que as roupas fossem destruídas e que as fotos publicadas fossem apagadas.

Cerca de um mês depois, mãe e filha receberam uma chamada telefónica para comparecerem à 6.a Esquadra da PRM, levando consigo as peças em questão. No local, segundo relatam, foram pressionadas a indicar o vendedor e o local da compra, sob ameaça de permanecerem detidas.

O caso segue agora em trâmites judiciais, mas levanta debates sobre a influência da posição social e institucional das partes no funcionamento da justiça em Moçambique

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