Réu revela a suposta mandante do assassinato de João Chamusse e as motivações
O cidadão que executou o jornalista João Chamusse, na noite de 14 de Dezembro de 2023, foi julgado, na semana passada, após sucessivos adiamentos. Em sede do Tribunal Judicial da Cidade da Matola confessou o crime e revelou a identidade da mandante.
Naquele dia, o juiz da causa dispensou de ouvir os 19 declarantes que tinham sido arrolados, incluindo a suposta mandate do assassinato. Além disso, o réu Elias Ndlate, após pedir para se pronunciar na sua língua materna, por dominar melhor do que a portuguesa, o juiz recusou-lhe o pedido. O julgamento levou menos de uma hora.
Apesar disso, o tempo e as condições impostas pelo juiz não impediram que Ndlate revelasse que assassinou o jornalista João Chamusse, supostamente, a mando da esposa de John Senzo Muthemba, proprietário de um estabelecimento comercial frequentado pelo finado e onde esteve na noite do fatídico crime, segundo o semanário Evidências.
O réu em momento algum negou a culpa do crime que culminou com o perecimento do jornalista. Aliás, Ndlate disse que a dita esposa do senhor Muthemba mandou-lhe para matar o jornalista e se apoderar do computador e telemóvel do finado, uma vez que o jornalista falava mal do seu partido. Pela execução do crime, o réu receberia uma compensação de aproximadamente 50 mil meticais.
Curiosamente, sobre este aspecto, o juiz pouco quis dar mérito, se limitando ao argumento de que estava perante um autor confesso, pelo que se dispensava tantos outros detalhes sobre o fatídico assassinato de João Chamusse.
Quando terminou a audição do réu, esperava-se que o juiz chamasse os 19 réus para cada um dar a sua versão dos factos. Contudo, sem nenhuma explicação plausível, decidiu prescindir de ouvi- -los, apesar de estar entre eles o casal indiciado de ser o mandante. Imediatamente, encerrou o julgamento, convocando todas as partes para a leitura da sentença. (Fonte: Evidências)
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