Técnicos no Niassa acusam STAE de atrasos no pagamento das ajudas de custo
Na província do Niassa, em Moçambique, técnicos contratados pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) estão a denunciar atrasos significativos nos pagamentos das ajudas de custo a que têm direito.
Estes técnicos, responsáveis pela impressão dos cadernos eleitorais para as próximas eleições gerais, que acontecem em menos de um mês, alegam que ainda não foram ressarcidos pelas despesas relacionadas com transporte, alimentação e alojamento nos distritos onde desempenharam funções durante o processo de recenseamento eleitoral, tanto no ano passado como no presente ano. O montante total das dívidas não foi revelado.
Os técnicos queixam-se de que, apesar de já terem comunicado a situação ao STAE provincial, continuam sem uma resposta concreta. Taibo António, chefe adjunto do departamento de operação eleitoral de Niassa, explica que a situação se mantém indefinida, uma vez que há dúvidas sobre o conhecimento do director-geral do STAE em relação ao problema. “Descobrimos que todas as nossas reclamações não foram reportadas ao STAE central. O chefe financeiro da instituição assegurou que já tinha feito o levantamento das dívidas e as encaminhou para Maputo, mas isso foi apenas no mês passado, o que mostra a falta de transparência”, afirmou António.
Uísque Mário, um dos técnicos prejudicados, expressou a sua frustração, mencionando que o próprio director do STAE provincial se recusou a assumir qualquer responsabilidade pelas dívidas acumuladas. “A quem devemos recorrer? Ninguém quer falar sobre o assunto, com medo de possíveis represálias. Esta questão arrasta-se há muito tempo e é urgente que os nossos direitos sejam respeitados”, desabafou.
A DW tentou obter esclarecimentos junto do STAE da província de Niassa, mas não foi possível obter uma declaração oficial sobre as acusações nem sobre os motivos para o atraso no pagamento das ajudas de custo.
A comissão eleitoral local já apelou ao STAE para proceder com os pagamentos devidos, mas os técnicos continuam a aguardar uma solução.
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