Corrupção e ineficiência, os factores que tornam a LAM um avião sem asas
A companhia aérea de bandeira nacional, a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), enfrenta problemas de variada ordem que a mantém num estado latente e de quase falência, conforme uma leitura do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD).
As questões são, na sua maioria, de ordem administrativa, desde a troca frequente de Presidentes de Conselho de Administração (três em menos de seis meses) à corrupção endémica, a ineficiência administrativa, a falta de uma estratégia sectorial consistente e a ausência de uma liderança estável e competente.
“O principal desafio enfrentado pela LAM não está exclusivamente na liderança, mas, sim, em um sistema profundamente enraizado de corrupção e ineficiência” lê-se num boletim do CDD sobre governação económica.
A LAM tem sido, em muitos aspectos, vista como um “saco azul” para o governo, um meio de movimentar recursos públicos de forma opaca e sem a devida fiscalização.
Neste sentido, a organização defende reformas ou políticas capazes de fortalecer o sector aéreo, criando condições que permitam à LAM operar de forma competitiva e sustentável.
“A companhia deve ser tratada como uma instituição estratégica para o país, com gestão profissional, investimentos adequados e uma visão clara para o futuro” refere.
A empresa precisa urgentemente de uma estratégia que priorize a meritocracia e a profissionalização da sua gestão, com a inclusão de profissionais capacitados, que tragam inovação e eficiência para os processos internos, lê-se.
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