“As mentiras da verdade” sobre o assalto da UIR às infra-estruturas da RENAMO

 O mundo já sabe que a sede e o gabinete do Presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, foi tomada pelos antigos guerrilheiros da formação política que exigem a renúncia do líder.

Mas também, já correu o universo, que um suposto pedido da liderança da RENAMO deu ao aval à Unidade de Intervenção Rápida (UIR) para assaltar as infra-estruturas e afastar os que lhas haviam tomado.

E tudo gira em torno dessa “reviravolta” da RENAMO “de fato e gravata”. Mas isto está envolto em possíveis “meias verdades”.

Segundo os cerca de 59 antigos guerrilheiros levados à 18ª Esquadra da Cidade de Maputo, a UIR apresentou-lhes uma estória duvidosa.

Conforme contaram hoje à imprensa, antes das rajadas de tiros “de balas verdadeiras” e de gás lacrimogéneo contra as pessoas que estavam na sede, os agentes da UIR disseram que o líder da RENAMO, Ossufo Momade, os aguardava no Comando Geral da Polícia da República de Moçambique para dialogar. Convidaram os antigos guerrilheiros para entrarem em um machibombo que estava estacionado no exterior da sede. O grupo declinou o “convite” após falar com um dos líderes do grupo, João Machava, exigindo que as conversações decorressem na sede. A UIR, supostamente, levou essa mensagem a Momade. Ao retornar, informou aos antigos combatentes que a ideia foi recusada pelo Presidente da RENAMO, justificando temor sobre o que lhe poderia acontecer, caso se fizesse à sede. A UIR, perante a recusa, a UIR, sem explicações, iniciou a descarga de tiros, resultado em cinco feridos, um dos quais em estado grave e a receber tratamentos no Hospital Central de Maputo. O grupo foi forçado a entrar no machimbombo e levado à esquadra, e, nestas 48 horas foram “alojados” nas celas, por falta e espaço.

Na sequência, conforme avançaram, o Comandante da PRM na Cidade de Maputo os intimou, verbalmente, a para comparecerem na manhã de hoje no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, mas o tribunal desconhece o caso. Os antigos guerrilheiros abandonaram o Tribunal sem serem ouvidos.

Enfim, pela verdade ou mentira, as RENAMOs continuam distanciadas, com a de “fato e gravata” a conseguir o que jamais teve em 33 anos dos Acordos Gerais de Paz: a PRM a guarnecer as suas instalações na máxima força. Uma lástima ser em momento de crise interna!

Sem comentários

Deixe seu comentário

Com tecnologia do Blogger.