Governadora de Gaza nega envolvimento em mobilização de ofertas e é acusada de vazar vídeos comprometedores antes da visita presidencial
A governadora da província de Gaza está a ser alvo de duras críticas após ter afirmado publicamente que não ofereceu qualquer tipo de apoio ou incentivo a cidadãos mobilizados para apresentar ofertas ao Presidente da República durante a sua recente visita à província. A polémica intensificou-se com a divulgação de vídeos comprometedores que mostram pessoas supostamente a serem incentivadas com bens, incluindo animais, para prepararem ofertas simbólicas ao Chefe de Estado.
Segundo fontes locais, os vídeos que se tornaram virais nas redes sociais mostram figuras comunitárias envolvidas em processos de recolha de cabritos, galinhas e outros bens, alegadamente para entregarem como demonstração de apoio popular ao Presidente. O conteúdo audiovisual levanta suspeitas de que as ofertas não foram voluntárias, mas sim organizadas com motivações políticas e logísticas, sob orientação de autoridades locais.
A governadora, entretanto, distanciou-se do assunto, afirmando que “nada foi oferecido” pela sua administração, e negando qualquer responsabilidade na mobilização dos cidadãos. No entanto, foi também acusada por membros da sociedade civil e ativistas de ter facilitado ou até ordenado o vazamento dos vídeos, numa tentativa de descredibilizar determinadas comunidades ou líderes locais envolvidos na logística da receção presidencial.
A organização não-governamental que inicialmente denunciou práticas de manipulação e instrumentalização política da população lamentou o rumo dos acontecimentos. Em comunicado, reiterou a importância de proteger os direitos e a dignidade dos cidadãos, condenando qualquer forma de coação ou instrumentalização em contextos oficiais.
O incidente levanta questões sérias sobre a transparência e ética na mobilização popular em eventos de Estado, e põe pressão sobre o governo central para apurar responsabilidades e garantir que futuras visitas presidenciais não sejam marcadas por manipulações políticas locais.
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