Agente da UIR que lançou gás lacrimogéneo no Mazione começa a ter alucinações e sofre com insónias
O agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) envolvido no lançamento de gás lacrimogéneo contra manifestantes no bairro do Mazione está a enfrentar sérias consequências psicológicas. Segundo fontes próximas, o agente não consegue dormir desde o incidente e começou a ter episódios de alucinações.
A ação, que aconteceu durante uma intervenção para dispersar uma manifestação pacífica, gerou forte indignação pública. Populares relataram que, entre os atingidos, havia crianças e idosos. O próprio agente, cujo nome não foi revelado por questões de segurança, teria começado a apresentar sinais de perturbação emocional apenas horas após o ocorrido.
“Ele acorda em pânico, diz que vê rostos a chorar e ouve gritos, mesmo quando está sozinho”, contou um familiar que preferiu não ser identificado. A mesma fonte afirma que o agente está arrependido do seu envolvimento e sente-se perseguido por uma “culpa que não o larga”.
Especialistas em saúde mental alertam que situações de stress extremo, especialmente quando envolvem violência contra civis, podem desencadear sintomas de stress pós-traumático (PTSD), incluindo insónias severas, ansiedade e alucinações auditivas ou visuais.
O Comando-Geral da Polícia ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas fontes internas indicam que o agente poderá ser afastado temporariamente das suas funções e encaminhado para acompanhamento psicológico.
Enquanto isso, o bairro do Mazione continua em clima de tensão, com moradores a exigir justiça e a responsabilização dos agentes envolvidos na operação.