Dívidas Ocultas: Ex-banqueiro do Credit Suisse evita prisão após cooperar nas investigações, acusando o ex Presidente Felipe Nhusi
Um antigo banqueiro do Credit Suisse, Surjan Singh, envolvido no maior escândalo de corrupção até então conhecido em Moçambique, conseguiu evitar a sua prisão, na quarta-feira, após cooperar com a justiça em dois julgamentos, em Brooklyn, Nova Iorque, nos Estado Unidos da América (EUA).
Singh é acusado de ter recebido subornos de 5,9 milhões de dólares no esquema de fraude e branqueamento de capitais que lesou o Estado moçambicano em mais de 2,7 mil milhões de dólares. O caso ficou conhecido no país como Dívida Ocultas, e envolveu pessoas ligadas ao Serviço de Informações e Segurança do Estado.
O ex-banqueiro do Credit Suisse podia ter sido condenado a uma pena entre três anos e oito meses e quatro anos e oito meses, mas o Juiz Distrital dos EUA, Nicholas Garaufis, citou a sua ajuda à investigação governamental como motivo para não impor uma pena de prisão, avança a Bloomberg.
“Vi em primeira-mão o testemunho do Sr. Singh”, afirmou o juiz. “Considero que ele foi franco, directo, sensato e ponderado”.
Singh foi o último de três antigos banqueiros do Credit Suisse que se declararam culpados de receber milhões de dólares em subornos.
Andrew Pearse, que era o chefe de Singh e foi a testemunha principal do governo em ambos os julgamentos, também evitou a prisão. Uma terceira banqueira, Detelina Subeva, declarou-se culpada mas não testemunhou.
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