Chapo diz que a fome torna populações vulneráveis a manipulações
O Presidente da República, Daniel Chapo, destaca a necessidade de aprofundar a cooperação entre os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para enfrentar desafios comuns como a insegurança alimentar e conflitos que ameaçam a paz.
Falando esta sexta-feira (18), durante a na XV Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Da CPLP em Bissau, capital da Guiné-Bissau, Chapo destacou que “a fome fragiliza a população, deixando-a exposta à todo o tipo de manipulações”, apontando a urgência de sinergias para que os estados-membros assegurar a soberania alimentar como condição essencial para a segurança e paz nos países membros.
“Quando temos a população com fome ela fica vulnerável a muitas coisas, mas quando não temos fome a população com segurança alimentar, dificilmente pode ser manipulada. Portanto, contamos também com questões de segurança e achamos que o tema da soberania alimentar foi bastante importante”, disse Chapo na saída da cimeira que discutiu a porta fechada 17 pontos de agenda.
Adicionalmente, o estadista moçambicano saudou a evolução da organização, que tradicionalmente se centrava em temas políticos e linguísticos, e que agora passa a debater temas sociais como a soberania alimentar, uma abordagem essencial para o desenvolvimento sustentado dos países-membros.
Chapo garantiu que Moçambique usou o fórum para apresentar o seu plano nacional de segurança alimentar, apoiado pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) e pela Política 2024–2030 (PESAN), em perfeita sintonia com a Estratégia da CPLP (ESAN-CPLP).
Durante o encontro, os estadistas da CPLP expressaram a sua profunda preocupação com conflitos armados, crises humanitárias e o seu impacto directo na população civil, como fome, deslocamentos e destruição de infra-estruturas. Em resposta, reafirmaram o compromisso com a Carta das Nações Unidas, enfatizando a importância do multilateralismo, diálogo e diplomacia para prevenir conflitos e promover a paz.
No encerramento, o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também presidente da cimeira, exortou os Chefes de Estado a fazerem da CPLP um símbolo de solidariedade e cooperação entre os nove países-membros, especialmente nos desafios geopolíticos, climáticos e sociais.
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