Capitão Chabane detido por ligação com terroristas revela nomes da elite do governo anterior
O Caqpitão Chabane, oficial do exército detido sob suspeita de colaboração com grupos terroristas em Cabo Delgado, fez revelações bombásticas durante seu interrogatório. Segundo ele, figuras influentes do antigo governo estariam diretamente envolvidas nas ações dos insurgentes.
"Sou apenas um simples capitão, eu apenas recebia ordens", declarou Chabane, insinuando que suas ações estavam subordinadas a comandos superiores. Ele afirmou ainda que "nada do que aconteceu seria possível sem a proteção e o envolvimento dessas pessoas".
As autoridades tratam as declarações com cautela, mas a possibilidade de uma teia de cumplicidade dentro das altas esferas do poder anterior promete abalar o cenário político do país.
Os presos foram encaminhados ao Comando da Força Local, no distrito de Mueda, onde prestaram depoimento. Segundo as autoridades, oito dos suspeitos já foram interrogados. Todos são de Nacala-Porto e afirmaram estarem indo para Mocímboa da Praia e Palma para exercer atividades de pesca. No entanto, eles não têm familiares na região e esta seria sua primeira visita à província de Cabo Delgado.
O Capitão Chabane possui um histórico preocupante. Após ter estado empenhado no Teatro Operacional Especial de Afungi (Palma), não regressou à sua unidade de origem e passou a dedicar-se ao transporte de pessoas e mercadorias entre Nacala e Palma. Já havia sido interpelado e advertido três vezes por transportar indivíduos suspeitos de envolvimento com grupos terroristas.
Informações recolhidas pela célula de inteligência indicam que o Capitão é presumivelmente um colaborador dos grupos terroristas, com a missão de recrutar jovens em Nampula para integrar as fileiras insurgentes. Há igualmente suspeitas de que fornecia informações estratégicas sobre o posicionamento das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e que usava seu estatuto militar para transitar livremente, confundindo os postos de controlo.
As investigações continuam e as autoridades mantêm os detidos sob custódia, enquanto os fatos são apurados e mais informações são colhidas para confirmar o grau de envolvimento do oficial e dos demais suspeitos.
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